Reconhecendo a "Fadiga da Compaixão" nos Profissionais da Assistência
Trabalhar no setor sem fins lucrativos ou de impacto social oferece uma oportunidade de construir uma carreira significativa e gratificante. O conceito de fazer parte de algo maior do que nós mesmos ou trabalhar para um bem maior apela ao nosso senso de comunidade, humanidade e cidadania global.
Mas às vezes o trabalho excessivo pode esgotar nossas reservas emocionais. É fácil esquecer que nossos corpos, mentes e almas precisam de nutrição e respirar. Um dos segredos aos profissionais dos setores sem fins lucrativos e voluntários é um caminho para o sustento da prática do autocuidado (não significa simplesmente tomar banho quente à noite; embora sejam muito bons).
As profissões do setor assistencial são:
Os profissionais das áreas como medicina, enfermagem, psicoterapia, aconselhamento psicológico, serviço social, educação e outras funções de serviço direto são os profissionais do setor assistencial.
Esses tipos de trabalho geralmente envolvem interações interpessoais intensas que ocorrem repetidamente ao longo do dia de trabalho. Os indivíduos nessas configurações são educadores, cuidadores, ressonantes e ouvintes. Eles estão constantemente se sacrificando a serviço de ajudar aos próximos.
Ao cuidar dos outros, é comum que se perca de vista aos seus próprios sentimentos e necessidades. Por exemplo, quando um paciente foi diagnosticado com câncer, é fácil se perder em nossa empatia. E, quando uma colega de trabalho, junto com seus três filhos, é despejada de sua casa, é instintivamente humano ser sensibilizado por seu desespero.
Porém, quando nos afogamos nos traumas que encontramos no trabalho, corremos o risco de desenvolver o sentimento da "fadiga de compaixão".
O que é fadiga de compaixão?
A Fadiga de Compaixão é geralmente definida como “... a pura exaustão experimentada no trabalho clínico enquanto fazemos o nosso melhor para atender às necessidades dos outros, dia após dia, ano após ano.” Parece intenso e é difícil mesmo. Se deixarmos, pode acabar por nos engolir por inteiros!
Por isso, a importância de estabelecer limites saudáveis se torna útil.
Estratégias de autocuidado
Todos nós temos nossas razões para escolher a carreira (ou caminhos) que queremos seguir. Lembro-me, quando mudei de curso aos 23 anos, após um evento que mudou minha vida, fiquei desejando fazer algo mais voltado para um propósito comunitário.
Decidi fazer a transição da comunicação corporativa para o campo do serviço social. Mais especificamente, voltei para a pós-graduação para ganhar meu Certificado em Serviço Social Clínico.
Acontece que eu estava mal preparada para a profundidade, amplitude e escopo do meu papel. Tampouco sabia como trabalhar com populações vulneráveis poderia ter um impacto tão profundo em mim.
Felizmente, ao longo de meu programa de pós-graduação, encontrei professores, clínicos e mentores responsáveis, que insistiram para eu prestar atenção ao processo envolvido ao caminhar com outras pessoas em seus desafios. Os assistentes sociais precisam processar tudo. Lembro que na escola, enquanto estudava, isso me deixou um pouco maluca, mas na vida sou eternamente grata pela orientação que recebi. Eu era constantemente lembrada de manter meu senso de alteridade. Aprendi que era possível ajudar aos outros sem acompanhá-los em qualquer situação que nos unisse.
Os limites são nossos amortecedores, nossas barreiras de autoproteção. Mas, eles não acontecem magicamente, requerem cultivo e manutenção.
Como “reconhecer” seus limites
Atenha-se uma programação. Não chegue cedo e não fique até tarde. É difícil, pois sempre existem razões convincentes para ficar até mais tarde ou chegar mais cedo. Mas resista ao impulso! Mais tarde você me agradecerá.
Aprenda a dizer não sem se sentir culpado/a. Este ponto e o anterior são como os princípios básicos para reconhecer seus limites. Aceite-os, pois eles serão a razão para que seu trabalho permaneça significativo.
Sistematize tudo ao máximo: Se for um assistente social, possivelmente sabe o que isso significa porque aprendeu a sistematizar experiências de cor e salteado durante sua formação. Para os que não estão familiarizados com termo, é aprender a dar atenção a si mesmo e aos seus sentimentos, que surgem durante o trabalho. Faça um diário, um bloco de notas e escreva seus sentimentos e tente compartilhar com um supervisor ou mentor que possa lhe aconselhar e ajudar.
Exercite-se, medite ou encontre diferentes hobbies: Descubra o que significa cuidar de si mesmo e cumpra. Pode tomar banho como parte desta etapa, mas faça algo para suar antes. Suas endorfinas retribuirão com humor elevado e sono de melhor qualidade.
Ficar suado durante o trabalho. Sim, você leu corretamente. Recentemente, as organizações começaram a promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional para seus funcionários, oferecendo programas como ioga, meditação e massagem no escritório. Para aqueles de nós que trabalham remotamente, evitar proativamente o esgotamento não é menos importante. Como não estamos no escritório, recai sobre nós a responsabilidade de estarmos atentos ao nosso próprio bem-estar. Fazer uma pausa ao meio-dia para exercícios ou ar fresco pode fazer uma grande diferença para nossa moral e produtividade.
Reavalie de vez em quando sua vida e trabalho. Você ainda está encontrando satisfação através do seu trabalho? Se não, reflita sobre o porquê. Talvez seus limites precisem de um ajuste? Talvez tenha esquecido de usar seus dias de férias?
Colher os benefícios
Se você ama o que faz, cuide-se. Se você se cuidar, é provável que continue amando o que faz.
Repita.
Repita.
Repita.
***
Gostou deste post? Tem muito mais de onde veio isso! Inscreva-se para receber as atualizações.
Sobre a autora
Jennifer Abcug, LCSW , é psicoterapeuta licenciada na cidade de Nova York, onde se especializou em transições de vida feminina.
Jennifer Abcug, LCSW, is a licensed psychotherapist in New York City, where she specializes in women’s life transitions. Prior to this, she counseled patients and families at Memorial Sloan-Kettering Cancer Center. Convinced the earth moved after reading Mary Oliver’s poem, “The Summer Day,” the question: “What is it you plan to do with your one wild and precious life?” has become a focal point of Jennifer’s practice.